A Polícia Militar foi acionada na sexta-feira (19), na Escola Estadual Dr. Abílio Machado (Polivalente), após um aluno, portador de deficiência auditiva, ser vítima de agressão fora da escola.
Segundo informações da PM, na quinta-feira (18) após o término das aulas, quatro adolescentes, que não são alunos da instituição de ensino, teriam ido até o portão da escola com o aluno. Juntos desceram em direção ao centro da cidade e, ao chegarem nas proximidades da passagem de nível da ferrovia, na rua Manoel José Justino Nunes, pediram para o adolescente tirar o aparelho auditivo e os óculos, quando passaram a agredi-lo fisicamente. Foi informado ainda à polícia que durante as agressões era dito que ele deveria parar de “mexer com as meninas” e segundo informações também verificadas pela PM, o motivo das agressões seria porque supostamente a vítima estaria mexendo com a namorada de um desses adolescentes.
A PM não soube informar a idade da vítima e se a mesma conhecia os agressores, já que o adolescente não compareceu à aula na sexta-feira, quando a corporação foi acionada.
Os militares registraram ocorrência que não se tratava mais de flagrante, porém o caso foi relatado e encaminha para a delegacia da Polícia Civil para providências decorrentes.
O portal segue apurando o fato.
Caso de repercussão nacional
O adolescente Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazara, de 13 anos, morreu na última terça-feira (16), uma semana após ser vítima de agressão por colegas de escola. A briga aconteceu no interior da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande, município do litoral paulista.
O pai da vítima, Julisses Fleming, contou em um entrevista à CNN que foi chamado ao colégio no dia 9 de abril, quando foi informado por uma das gestoras do colégio que seu filho havia caído da escada. O garoto desmentiu a versão da funcionária e contou que foi agredido por três colegas.
De acordo com a família, Carlos foi abordado pelos demais alunos no banheiro da escola. Posteriormente, os adolescentes se jogaram sobre ele. Neste dia, o jovem chegou a chorar de dor em casa e a família notou que as costas do garoto aparentavam ter entortado. O garoto se queixou de dor, falta de ar e apresentou febre.
No mesmo dia, Carlos foi atendido em um hospital municipal de Praia Grande, onde recebeu uma injeção e teve alta. Nos dias seguintes, o menino chegou a passar por consultas em outras unidades de saúde do município. Segundo Julisses, o filho chegou a ser diagnosticado com luxação e estresse pós-traumático em decorrência do bullying que vinha sofrendo no colégio.
A família, então, buscou ajuda em Santos, cidade vizinha. Uma semana depois do episódio de agressão, o adolescente teve três paradas cardiorrespiratórias e morreu na Santa Casa de Misericórdia de Santos.
Inicialmente, o caso foi registrado na polícia civil como morte suspeita. As investigações seguem em andamento.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) lamentou o ocorrido e disse que a Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna do caso. A pasta afirmou que está colaborando com as informações.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande disse que está analisando todos os procedimentos adotados no atendimento efetuado no pronto-socorro da cidade.