O taxista Helio Leite Simões, de 46 anos, que teve o corpo encontrado após ter sido assaltado durante uma corrida, foi enterrado por volta de meio-dia desta terça-feira (17), em uma comunidade rural de São Roque de Minas. O caso é investigado como latrocínio.
Helio era natural de Piumhi e morava em São Roque de Minas. Ele estava desaparecido desde o fim de semana e o corpo foi encontrado na tarde de segunda-feira (16) no córrego Ribeirão das Palmeiras, na zona rural Bom Jesus da Penha, no Sul de Minas. Dois suspeitos foram presos.
Segundo a Polícia Civil, o corpo estava parcialmente submerso e preso em galhos. A polícia chegou até o ponto depois de receber algumas informações sobre a localização através dos depoimentos dos suspeitos.
A vítima foi retirada e encaminhada ao IML de Guaxupé. Ainda não há confirmação da causa e das circunstâncias da morte.
Caso é investigado como latrocínio
Em entrevista à EPTV, afiliada Globo, Marcos Pimenta, chefe do 18º Departamento da Polícia Civil, informou que o caso está sendo tratado como latrocínio — roubo seguido de morte. O inquérito será conduzido pelas delegacias de São Roque de Minas e Nova Resende.
Segundo Pimenta, o trabalho envolveu diversas estratégias, como o depoimento dos suspeitos, análise de dados telemáticos do celular da vítima, rastreamento do veículo por câmeras de segurança e uso de cães farejadores pelo Corpo de Bombeiros.
"Conforme da análise de dados objetivos, comparecemos ao local e conseguimos localizar o corpo e retirá-lo, o qual foi encaminhado para o IML. E agora o médico legista, ele vai pormenorizar e identificar a causa da morte", informou o delegado.
A investigação revelou uma transferência de R$ 5 mil da conta da vítima para um dos suspeitos. O celular do taxista foi encontrado junto ao carro apreendido com os suspeitos. O aparelho passará por perícia.
“O aparelho foi localizado juntamente com o carro da vítima. Nós tivemos acesso a esse aparelho que será periciado pela Polícia Judiciária. É bom de dizer, é o aparelho da vítima e não é do suspeito. Paralelo a isso, os familiares da vítima também acessaram a sua conta e verificaram que houve uma transferência de R$ 5 mil por Pix para um dos suspeitos, num lapso temporal que nós acreditávamos ter sido o do momento exato do crime. Então, a gente trabalha com todas as frentes, agora com a maior cautela possível, sem atropelos. Mas em breve concluiremos o inquérito e encaminharemos ao Poder Judiciário, com vistas ao titular da Ação Penal, que é o Ministério Público, tratando o caso como latrocínio”, afirmou.
Desaparecimento no Sul de Minas
O caso começou no dia 12 de dezembro. O taxista Helio Leite Simões, de 46 anos, foi assaltado, agredido e amarrado em uma mata por dois jovens. Os suspeitos pelo crime foram presos em Jaíba, na região Norte de Minas.
De acordo com a Polícia Militar, dois assaltantes contrataram o taxista para levá-los de São Roque de Minas para Bom Jesus da Penha no dia 12 de dezembro. O motorista voltou para São Roque de Minas no mesmo dia.
Na manhã do dia 13 de dezembro, os dois jovens ligaram para a vítima e solicitaram outra corrida, conforme a PM. O taxista voltou para Bom Jesus da Penha, pegou os jovens e, durante o trajeto até São Roque de Minas, teria sido assaltado por eles no trevo da rodovia BR-146.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, os jovens levaram o taxista para uma mata, onde o agrediram e prenderam os pés e mãos dele em uma árvore.
Os assaltantes roubaram o veículo e um celular do taxista, além de dinheiro por meio de transferência bancária via Pix. Segundo a Polícia Militar, os jovens chegaram a gastar o dinheiro roubado em Bom Jesus da Penha.
Eles foram capturados pela polícia em Jaíba e confessaram os detalhes do crime. Conforme o Polícia Civil, os dois foram transferidos para o Presídio de Janaúba (MG).
Fonte: G1 Centro- Oeste
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