A penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi parcialmente interditada pela Justiça de Minas Gerais. A razão apontada pelo juiz Wagner Cavalieri é a falta de servidores. A unidade prisional não poderá exceder o número de 2.200 detentos.
Na decisão, Cavalieri destaca que, em janeiro de 2025, serão exonerados 142 dos 598 servidores da Nelson Hungria. “A perda de 23,75% da força de trabalho da unidade não pode, nem de longe, ser tratada como fato de menor importância. Os impactos negativos em todas as áreas de atuação da unidade prisional são inegáveis”, afirmou.
A exoneração dos servidores, conforme aponta Cavalieri, vai provocar prejuízos nos setores de segurança e disciplina, no atendimento interno, na assistência aos advogados, nas escoltas para diversos fóruns, no apoio aos visitantes, nas parcerias de trabalho e na escola interna.
Cavalieri destacou que, antes mesmo da exoneração dos servidores, os “reflexos negativos” já estão ocorrendo na Nelson Hungria. “O banho de sol não está sendo concedido diariamente, o que contraria frontalmente a lei vigente. Os servidores já estão tendo dificuldades para as movimentações internas e externas de presos. Estão aumentando os casos de indisciplina”, argumentou.
Matéria em atualização
Fonte: O TEMPO
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