Na manhã desta segunda-feira, 25 de novembro de 2024, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) de Divinópolis, em parceria com as 2ª e 3ª Promotorias de Justiça de Formiga, além das polícias Civil e Militar, deflagrou a Operação “Bilocação”. A ação tem como objetivo investigar crimes de homofobia, peculato-desvio, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo um setor administrativo da Secretaria de Obras da Prefeitura de Formiga.
A operação é resultado de uma investigação que durou aproximadamente um ano e meio e culminou na expedição de oito mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão.
Esquema descoberto
As investigações começaram após a comprovação de que o responsável por um setor da Secretaria de Obras teria lançado horas extras não realizadas por outro servidor. Em troca, o servidor beneficiado gravaria e divulgaria, via aplicativo WhatsApp, mensagens de cunho sexual direcionadas a um vereador da cidade.
A partir desse episódio, foi desvendado um esquema maior, envolvendo o pagamento de horas extras não realizadas. Os valores recebidos de forma indevida eram divididos entre os envolvidos, configurando o crime conhecido como “rachadinha”.
Desde 2020, foram detectados pagamentos de horas extras muito superiores aos registrados em anos anteriores. Além disso, o responsável pelo setor investigado cobrava propina para aprovar conversões de férias em dinheiro, caracterizando crime de corrupção.
Significado do nome da operação
A operação foi batizada de “Bilocação” em referência a um fenômeno atribuído a alguns santos da Igreja Católica, como São Pio de Pietrelcina (Padre Pio), que supostamente apareciam em dois lugares ao mesmo tempo. No contexto do esquema, os servidores investigados estariam, oficialmente, cumprindo horas extras, mas, na realidade, permaneciam em suas casas.
Mobilização
A ação contou com a participação de 18 policiais militares, 17 policiais civis e dois promotores de Justiça. A investigação segue em andamento para apurar todos os detalhes e responsáveis pelos crimes.
Fonte: Ministério Público
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