Fonte: G37 – Foto: Reprodução/Pixabay
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), anunciou, nesta semana, novas diretrizes curriculares que entrarão em vigor no ensino médio a partir de 2025.
Durante um encontro virtual, transmitido pelo canal Estúdio Educação no YouTube, a superintendente de Políticas Pedagógicas da SEE/MG, Rosely Lima, detalhou as inovações que visam aprimorar a qualidade do ensino. Essas mudanças têm como foco a inovação, a leitura e a qualificação profissional, estabelecendo um caminho mais claro para os estudantes.
Na abertura da live, Rosely Lima enfatizou a colaboração da SEE/MG com o Ministério da Educação (MEC), na elaboração dessas orientações, que devem ser publicadas até o final do ano. As novas diretrizes abrangerão todas as modalidades de ensino médio, incluindo o regular, noturno, em tempo integral e profissionalizante.
Assim, a apresentação proporcionou um panorama detalhado das alterações que visam atender às necessidades educacionais dos estudantes mineiros.
Uma das inovações mais significativas será a introdução de uma aula extra do componente “Projeto de Vida” para os alunos do 1º ano. A diretora de Ensino Médio da SEE/MG, Vanessa Nicoletti, destacou que o “Projeto de Vida” desempenha um papel crucial no desenvolvimento das competências socioemocionais dos estudantes.
“Esse componente servirá como um espaço dedicado à escuta, ao diálogo e ao estímulo à reflexão”, diz a diretora. Além disso, as diretrizes incluem uma reformulação do itinerário formativo nas áreas de tecnologia e inovação, voltado para o 1º período do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) noturna. Essa reformulação terá foco no desenvolvimento científico, no empreendedorismo e na criatividade, preparando os alunos para o futuro.
Outro ponto importante das novas diretrizes é a ênfase no Projeto de Leitura e Escrita, que representa o maior investimento do Governo de Minas na área, totalizando R$ 212 milhões. O objetivo desse projeto é fortalecer a prática da leitura literária nos 1º e 2º anos e intensificar a produção textual no 3º ano, especialmente em preparação para o Enem, com o apoio da plataforma Enem MG. Dessa forma, a proposta visa garantir que os estudantes estejam bem preparados para os desafios das avaliações.
Além disso, a coordenadora-geral de Educação Integral e Profissional da SEE/MG, Andréa Botelho, explicou que a proposta para o ensino médio em tempo integral seguirá uma arquitetura curricular semelhante ao ensino regular, mas com carga horária ampliada para proporcionar experiências educacionais mais profundas. Em resposta à defasagem de aprendizado ocasionada pela pandemia, as novas diretrizes dobrarão as aulas de língua portuguesa e matemática, passando de três para seis por semana. Essa mudança é uma tentativa de recuperar o tempo perdido e garantir um aprendizado sólido.
Por fim, o programa Trilhas de Futuro, o maior projeto de formação profissionalizante do Governo de Minas, está em uma nova fase. Com isso, ele expande a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), para dentro das escolas da rede estadual. Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o governo disponibiliza 9,6 mil vagas para estudantes do 1º ano do Ensino Médio em Tempo Integral (Emti), em 153 escolas estaduais. Os cursos técnicos oferecidos incluem áreas de alta complexidade, como Automação Industrial, Biocombustíveis e Energia Renovável.
Os instrutores do Senai ministrarão essas aulas com carga horária de 1.200 horas, proporcionando uma formação técnica robusta e adequada às demandas do mercado. As inscrições para participar do Trilhas de Futuro nas Escolas podem ser realizadas até o dia 1º de novembro, por meio do Cadastro Escolar 2025, disponível no Sistema Único de Cadastro e Encaminhamento para Matrícula (Sucem).
Com todas essas mudanças, as novas diretrizes do ensino médio em Minas Gerais visam preparar os alunos para os desafios do futuro, investindo na formação integral e na qualificação profissional. Assim, o estado busca não apenas atender às exigências educacionais atuais, mas também fomentar um ambiente de aprendizado inovador e eficaz.
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