Fonte: O Tempo – Foto: Reprodução/Pixabay
O combate ao bullying passa pelas famílias, afirma a professora de psicologia da educação da Universidade Federal do Ceará Jakeline Alencar Andrade. “Não se restringe à ação do professor, mas um projeto da escola, da comunidade, em longo prazo, que dê conta não só de punição, e sim de educação”, explica a pesquisadora.
Há quase uma década trabalhando em uma escola estadual em Belo Horizonte, um diretor, de 39 anos, – que pediu para ter o nome preservado – concorda com isso. Ele conta que os esforços educacionais contra o bullying têm crescido, mas pede mais envolvimento dos familiares.
“Se o aluno não estiver muito aberto (à discussão sobre bullying), não vai fazer diferença o trabalho que fazemos. A escola até tem influência sobre ele, mas a família está muito acima. Então, quando há casos de bullying, e vemos pais de agressores que dizem que tudo não passou de ‘brincadeira’, fica difícil ver solução. Tudo isso escancara nossa impotência enquanto educadores”, adverte.
Interligado
Um estudo feito na USP com mais de 2.000 estudantes entre 10 e 19 anos em Uberaba, no Triângulo Mineiro, em 2017, mostrou que famílias de estudantes envolvidos com bullying foram consideradas “menos funcionais” e “sem boa comunicação em casa.”
Intimidação ocorre de diversas formas: veja 6 tipos
1. Físico: batidas, chutes, empurrões, beliscões;
2. Verbal: provocação, observações homofóbicas ou racistas, com início mais leve até atingir o alvo;
3. Escrito: bilhetes, cartas, pichações, cartazes, faixas, desenhos depreciativos;
4. Moral: espalhar boatos, imitar desfavoravelmente, excluir ou incentivar a exclusão para humilhar. É o mais difícil de ser reconhecido, pois pode ser praticado de modo indireto;
5. Material: estragar, danificar, furtar os pertences ou atirá-los contra a vítima;
6. Cyberbullying: alcança número muito grande de pessoas deliberadamente e, em alguns casos, anonimamente, podendo causar danos psicológicos mais acentuados e negativos.
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