Fonte: O Tempo – Foto: Vitor Maciel
Morreu em Belo Horizonte a cantora Jandira Celia, aos 85 anos. Alagoana e mineira de coração, a artista iniciou a trajetória artística aos 64 e firmou carreira na cena da música como uma das “vozes raras” do samba e da música popular brasileira. O corpo de Jandira será velado e sepultado neste sábado (5 de outubro) no Bosque da Esperança Cemitério Parque, na região Norte da capital, a partir das 12h30. A causa da morte não foi divulgada.
Formada em pedagogia em Maceió, onde nasceu, as realizações de Dona Jandira como artista começaram depois que ela se mudou para Ouro Branco, a 100 km de Belo Horizonte, em 1998. Na cidade, teve o talento descoberto pela prefeitura, fundou o coral infantojuvenil Os Bem-Te-Vis e se inscreveu na Ordem dos Músicos. Na banca examinadora, estava o compositor e arranjador José Dias, que se tornou o seu mentor nas primeiras gravações em estúdio.
Em uma entrevista à jornalista Maíra Cabral, de O TEMPO, publicada em 2022, Dias não poupou elogios à artista: “Uma senhora de idade, com lencinho na cabeça e um violão na mão. Quando ela cantou, fiquei abismado com a interpretação dela, muito forte e cheia de emoção. Foi uma bela surpresa”, lembrou.
Dona Jandira eternizou a sua voz nas gravações de músicas que sempre estiveram presentes no seu repertório: “Nunca”, de Lupicínio Rodrigues; “Onde Anda Você”, de Vinicius de Moraes; “Não Deixe o Samba Morrer”, de Aloísio Silva e Edson Conceição, imortalizada na voz de Alcione; e outros boleros.
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