Fonte: O Tempo – Foto: Corpo de Bombeiros
Minas Gerais registra, em 2024, o maior número de incêndios dos últimos cinco anos. Apenas de janeiro a agosto deste ano, foram 14 mil ocorrências, crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram apresentados em coletiva do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), nessa sexta-feira (23), na Cidade Administrativa.
Segundo a corporação, 90% dos incêndios registrados são causados por ações humanas. Além disso, cerca de 4.000 hectares de vegetação em unidades de conservação foram devastados pelas chamas. No total, Minas Gerais possui 95 unidades de conservação, cobrindo uma área de 2,3 milhões de hectares.
Corpo de Bombeiros concedeu coletiva para tratar dos incêndios em MG – Foto: Deanne Gherardi
Conforme os bombeiros, até o momento, foram investidos R$ 9,8 milhões em recursos destinados à aquisição de equipamentos, treinamentos de profissionais e aluguéis de veículos e aeronaves para o combate aos incêndios.
Os militares do CBMMG estão atuando em oito unidades de conservação mais afetadas, incluindo Serra do Papagaio, Serra da Moeda, Gruta Rei do Mato, Serra do Brigadeiro, Reserva Macaúbas, Serra da Piedade, Serra do Gandarela, Serra do Cabral e o Parque Estadual do Itacolomi.
Para reforçar as ações, foram criadas quatro bases operacionais temporárias, localizadas em Cochá e Gibão, Serra do Cabral, Rola Moça e Alto do Mucuri. Essas bases estão recebendo 24 profissionais, somando-se aos 830 bombeiros já empenhados no estado, além de 64 reforços e 108 brigadistas. Sete aeronaves também estão em operação.
O coronel Ivan Neto destacou a importância da ação do governo no combate aos incêndios florestais, ressaltando que “o programa Minas Contra o Fogo é uma iniciativa fundamental do Governo do Estado, que integra a Coordenadoria Estadual do Meio Ambiente, o Instituto Estadual de Florestas e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais”.
“Essa sinergia entre os órgãos estaduais permite que ofereçamos cursos de capacitação para profissionais de prefeituras em municípios com registros de incêndios em áreas protegidas. Dessa forma, os colaboradores municipais, após o treinamento, se tornam brigadistas florestais, capazes de atuar de forma eficaz nos primeiros momentos de combate aos incêndios, até que o reforço do Corpo de Bombeiros chegue ao local para somar esforços”, concluiu.
Discussão sobre isso post