A Fazenda Laboratório realizou, no dia 10 de agosto, o Dia de Trigo 2024. A organização foi feita pelo coordenador da Fazenda Laboratório, Prof. Dr. Dênio Garcia Silva de Oliveira, e contou com a participação dos cursos de Medicina Veterinária, Engenharia Agronômica e as empresas parceiras Biotrigo, Sicredi, Ical e Agrical.
O público foi recepcionado com um coffee break e contou com a participação de empresários do ramo e produtores rurais. As empresas RTC Biotrigo e EPAMIG levaram colaboradores para contribuir com palestras relacionadas com o cultivo do trigo.
Para o Reitor Prof. Dr. Marco Antonio de Sousa Leão, o evento teve grande importância para o Centro Universitário ao receber muitos interessados no assunto que puderam obter conhecimento a respeito do plantio de trigo por um viés mais científico. Ele enfatizou também que ficou satisfeito em ter tantas pessoas conhecendo o ambiente da Fazenda Laboratório, que foi construída justamente com o intuito de apoiar não só as práticas estudantis das ciências agrárias, como também conectar novas tecnologias aos produtores rurais.
“A Fazenda Laboratório é o espaço ideal para criar coisas novas, principalmente aproximando a tecnologia do campo, e a academia e os produtores rurais têm que se unir nesse sentido para ajudá-los a desenvolver com a melhor qualidade os seus produtos e as suas plantações”, ele disse.
Na região de Formiga existem centenas de hectares de plantio de trigo e a Fazenda Laboratório contribui com esse cultivo trazendo informações técnicas e científicas para melhorar e otimizar a produção. O ambiente apresentou estandes das empresas com demonstrativos de produtos agrícolas e apresentação sobre técnicas aplicadas desde o plantio à colheita.
O Prof. Dr. Dênio Garcia Silva de Oliveira comentou que o Dia de Trigo 2024 busca difundir a tecnologia e apresentar como é uma cultura alternativa que ainda tem pouca expressão de plantio na região. Ele explica que o trigo é uma cultura mais resistente, que exige menos quantidade de água no seu cultivo e pode ser utilizado tanto para alimentação humana como para tratamento de animais.
Durante o evento, foram abordados diversos temas durante as palestras. Dimas Junqueira, da empresa RTC Biotrigo, que atua como revendedora e produtora da semente, falou sobre “A cultura do trigo no cerrado”.
“Hoje na região tem bastante trigo irrigado. Creio que hoje nós temos cerca de 2.000 hectares de trigo aqui na região de Formiga e o trigo se expande para o Sul de Minas, no Alto Paranaíba e o entorno de Brasília”, ele considerou. Além disso, ele enfatizou que a ideia é que os produtores da região tenham mais uma alternativa de cultivo no inverno, pois é uma época em que o trigo não compete com outras culturas.
Ele contou um pouco sobre o trabalho desenvolvido pela empresa: “A Biotrigo desenvolve a genética das cultivares. A gente pega essa genética, as sementerias, e passa para os parceiros. Eles multiplicam esses materiais e os fornecem a canais de revenda e produtores”.
Em sequência, o público prestigiou palestras de pesquisadoras da EPAMIG. Fernanda de Kássia Gomes falou sobre “Trigo MGS Brilhante: do plantio à silagem”. Ela explicou que essa variedade de trigo não apresenta arestas, o que permite seu uso para nutrição de ruminantes. Ela destaca também que nesse período de entressafra, com poucas alternativas de suplementação, ele pode ser uma alternativa em substituição ao milho.
“O trigo é uma opção que vem ganhando bastante espaço, principalmente na questão de nutrientes para a alimentação tanto para bovinos de corte como para bovinos de leite”, ela disse.
Karina Toledo da Silva, pesquisadora da EPAMIG, falou sobre o tema “Trigo MGS Brilhante: uso na alimentação animal” e ressaltou que é uma das missões da EPAMIG difundir tecnologia para melhorar as condições dos produtores.
Ao final das palestras foi realizado um circuito nas áreas de campo e uma demonstração de maquinários a todos os presentes.
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